O judô brasileiro subiu ao pódio duas vezes neste domingo, 16, no último dia de disputas do Grand Slam de Baku, no Azerbaijão. Marcelo Fronckowiak e Leonardo Gonçalves chegaram às finais das categorias peso médio (90kg) e meio-pesado (100kg), respectivamente, e terminaram a competição com a medalha de prata. Marcelo foi superado pelo japonês Sanshiro Murao, e Léo pelo também japonês Dota Arai.
A final em Baku foi a primeira da carreira Fronckowiak em Grand Slams. No caminho até a prata, ele começou o dia vencendo o alemão Fabian Kansy por waza-ari, nas oitavas de final. Nas quartas, ele enfrentou o russo Ikhvan Edilsultanov, e o mandou direto para a repescagem com um ippon.
Na semifinal, veio o holandês Frank de Wit, e o brasileiro novamente mostrou sua variação de técnicas ao projetar o adversário em waza-ari e, logo em seguida, imobilizá-lo até o ippon. Vitória e primeira final de Grand Slam para ele.
Na última luta do dia, Marcelo encarou o japonês Sanshiro Murao, vice-campeão olímpico em Paris-2024. O confronto começou disputado, com o brasileiro até forçando uma punição por falta de combatividade a Murao. Mas o japonês conseguiu anotar um waza-ari no placar e imobilizou Marcelo por mais dez segundos até o ippon, encerrando o combate.
“Foi uma competição muito boa e saí com o segundo lugar, com a medalha no peito. Estou muito feliz, foi uma competição em que pude me superar. Agora, fico motivado para as próximas”, comemorou Marcelo.
Essa foi a primeira medalha dele em etapas de Grand Slam. Ainda no Circuito Mundial, ele foi bronze no Grand Prix da Áustria, em 2023, e prata no Grand Prix de Zagreb, em 2024.
Aos 24 anos, o brasileiro luta pelo Flamengo e terminou a temporada passada invicto no cenário nacional.
Léo Gonçalves emenda sequência de duas pratas em Grand Slams
Cabeça de chave número 1 do meio-pesado masculino em Baku, Leonardo estreou direto nas quartas de final e venceu o russo Mukhamed-Ali Mataev nas punições (3-1).
Na semifinal, Léo enfrentou o também russo Niiaz Bilalov e mostrou seu domínio nas técnicas de finalização, conseguindo encaixar um estrangulamento, para avançar à sua segunda final de Grand Slam seguida.
Na final, o brasileiro teve como adversário o japonês Dota Arai, seu algoz na disputa pelo bronze no Grand Slam de Tóquio, no fim de 2024. Em Baku, a situação se repetiu, com o brasileiro levando a pior no confronto direto novamente.
“Foi uma sequência de dois Grand Slams seguidos. É meio cansativo, mas valeu a pena. Foram duas finais, e infelizmente eu não consegui sair com o ouro em nenhuma, mas estar no pódio entre os melhores é muito importante para dar sequência ao trabalho”, avaliou Léo.
Essa foi a terceira medalha dele em etapas de Grand Slams. A mais recente ele havia conquistado no Grand Slam de Paris, há duas semanas, quando também foi vice-campeão. No cenário mundial, a nova prata se junta a outras seis medalhas em Grand Prix, incluindo o bicampeonato em 2023 e 2024 da etapa da Áustria.
Aos 28 anos, o atleta da Sogipa (RS) e medalhista olímpico por equipes é atualmente o sexto do mundo no meio-pesado. Com a medalha em Baku, ele deve subir algumas posições no ranking.
Rafael Macedo e João Cesarino não avançam nas chaves
Neste último dia de disputas em Baku, o judô brasileiro ainda teve Rafael Macedo (90kg) e João Cesarino (+100kg) em ação.
Macedo enfrentou o russo Ikhvan Edilsultanov na estreia e foi superado com um yuko no golden score. Já Cesarino lutou contra o austríaco Movli Borchashvilli e perdeu por ippon, também na primeira rodada.
O próximo compromisso da Seleção Brasileira de judô será no Grand Slam de Tashkent, entre o próximo dia 28 e 2 de março. Parte da equipe que lutou no Grand Slam de Baku vai permanecer no Azerbaijão para um treinamento de campo, embarcando direto para o Uzbequistão em seguida.
*Com Confederação Brasileira de Judô