De volta à Seleção Brasileira, Matheus Cunha vive a melhor temporada de sua carreira. O meio-campista do Wolverhampton, da Inglaterra, marcou 15 gols, 13 na Premier League, e deu quatro assistências em 29 jogos pela equipe inglesa, números que o credenciaram a ter sido chamado pelo treinador Dorival Jr. para os jogos contra Colômbia e Argentina, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
“É sempre um objetivo muito grande voltar para Seleção, e fico muito feliz de voltar num momento em que estou demonstrando no meu clube muita felicidade e futebol muito bem jogado”, disse, em entrevista à CBF TV.
“Qualquer oportunidade de estar na Seleção Brasileira é muito gratificante, não tem como chegar aqui e cogitar dar menos de 100%, aqui você tenta dar até mais do que 100%”, completou.
Sua última convocação foi para a Data Fifa de outubro de 2023, nos compromissos com Venezuela e Uruguai. Ao todo, disputou 11 partidas pela Seleção.
Trajetória
Antes da equipe inglesa, ele experimentou diversas culturas de futebol. Atuou na base do Coritiba e em seguida se transferiu para o Sion, da Suíça, onde se profissionalizou. De lá, rumou à Alemanha para jogar no Red Bull Leipzig e Hertha Berlin. Chamou a atenção do espanhol Atlético de Madrid e, depois, foi contratado pelo inglês Wolverhampton. Com tamanha bagagem, ele acredita que sua trajetória foi determinante para seu crescimento individual.
“Acho que isso (ter jogado em diversos países) contribuiu muito para o momento em que estou. Foram várias culturas envolvidas para tentar criar a minha e foram momentos de muito aprendizado. Chego hoje (à Seleção) muito mais leve e consciente de quem eu sou e muito grato por tantos clubes e lugares que me ensinaram bastante coisa”, explicou.
Elogios de dorival
Na convocação, o treinador Dorival Jr. elogiou o jogador de 25 anos: “Matheus vem desenvolvendo já há algum tempo. Vem tendo regularidade e reconhecimento. Todas as observações feitas foram muito positivas em relação às atuações e ao comportamento”.
O camisa 10 do Wolverhampton afirmou ter ficado “lisonjeado” com as palavras do técnico da Amarelinha. “Fico muito feliz e lisonjeado por todas as palavras dele. Ser elogiado pelo treinador faz com que você fique mais feliz e confiante. No que depender de mim, vou tentar suprir todas essas expectativas e esses elogios dentro de campo vestindo a camisa da Seleção”, disse.
Conexão com o Brasil
Com o sucesso de sua carreira no exterior, as únicas vezes em que Matheus Cunha jogou profissionalmente no Brasil foi com a Amarelinha. Diante da oportunidade enfrentar em casa a seleção colombiana, quarta colocada das Eliminatórias, ele espera que o futebol do Brasil contagie as arquibancadas do estádio em Brasília.
“É diferente, nunca joguei no Brasil, só joguei aqui com a Seleção. No Coritiba, não era no profissional. O sentimento que tenho pelo torcedor brasileiro é sempre vestindo essa camisa. O brasileiro tem um orgulho muito grande da Seleção. Nos momentos positivos e negativos, sentem como se fosse parte deles. Espero que a gente possa demonstrar o nosso trabalho tão bem dentro de campo para que seja contagiado para fora”, ressaltou.
Para a partida contra a Colômbia na próxima quinta-feira (20), às 21h45, o estádio Mané Garrincha promete estar lotado. Em outubro do ano passado, na goleada por 4 a 0 sobre o Peru, mais de 60 mil pessoas estiveram presentes.
Apesar da distância de seu país-natal, o paraibano se apoia em sua ligação com o Botafogo-PB, clube para o qual torce, para se reconectar com seu país.
“Cresci em João Pessoa, junto com a minha família e meus amigos. Todo o meu entorno é Botafogo da Paraíba, então a gente torce pro Belo desde muito pequeno. Meu pai, quando pode, vai ao Almeidão. Quando novo, joguei em Recife, minha mãe é pernambucana, e tenho uma conexão muito grande com os clubes de Recife. Essa parte da minha vida me reconecta e me deixa sempre muito próximo do povo brasileiro”, contou.
*Com Confederação Brasileira de Futebol