Aconteceu. O maior jogador brasileiro dos últimos dez anos voltará a atuar no Brasil nesta temporada. Neymar foi oficialmente anunciado pela diretoria do Santos para um contrato curto no primeiro momento com a possibilidade de prorrogação caso as coisas funcionem como se espera.
Há um mês, a volta de Neymar estava entre o sonho e o delírio, mas as partes foram se acertando, as chances de ele atuar no Al Hilal rareando e tudo acabou convergindo para seu desembarque no Brasil.
Ainda há uma montanha de dúvidas sobre a contratação. Valores, condições, perspectivas futuras e, impossível não pontuar, a condição física de Neymar que não joga há mais de um ano.
Neste aspecto, vale destacar: o futebol praticado no Brasil quando outros astros gigantescos pisaram de volta no solo brasileiro não é o mesmo do atual. Um exemplo: Ronaldo quando voltou ao Corinthians. Campeão do mundo, mas quase aposentado, em pouco tempo mostrou uma diferença técnica com relação a todos os outros jogadores que transformou sua passagem em um estrondoso sucesso.
Aquele futebol em que um jogador fora de forma brilhava apenas pela condição técnica privilegiada não existe mais. A liga brasileira hoje abriga bons jogadores (e muito bem pagos), um calendário massacrante, técnicos estrangeiros e nível competitivo bem mais alto.
Este é o cenário que Neymar vai encarar. No auge, ele brilhou em ligas poderosas graças ao seu talento e à sua jovialidade. O talento pode seguir intacto, mas a parte física não.
No meio de tantas perguntas uma se sobressai: ele terá motivação no final da carreira para uma vida regrada que quase nunca teve?
A resposta pode estar no vídeo feito com inteligência artificial reproduzindo a voz de Pelé, utilizado para seduzir o jogador. Entre pedidos para que ele voltasse ao Santos, o Rei “fala” sobre o sonho de Neymar voltar à Seleção Brasileira. A última Copa do Mundo possível pode ser este combustível.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.