Campeão de Roland Garros e Wimbledon e medalhista de prata nos Jogos de Paris, Carlos Alcaraz vinha vivendo uma temporada de sonho no circuito de tênis. Mas o sonho rapidamente virou um pesadelo que se materializou na derrota para o holandês Botic van de Zandschulp na segunda rodada do US Open, Grand Slam do qual foi campeão em 2022.
Apesar da frustração pela eliminação precoce, Alcaraz usou de sua habitual sinceridade para falar do momento que está vivendo.
“O que posso dizer? Não me senti bem batendo na bola. Cometi muitos erros. Quando quis voltar, era tarde demais. Vi que a bola estava se afastando de mim, que não estava chegando bem, que não estava apoiando bem. Esta é uma sensação muito estranha. E a verdade é que o que sinto agora é que em vez de dar passos à frente, dei passos para trás no meu trabalho mental e eu não entendo o porquê”, declarou Alcaraz, que perdeu por 3 sets 0 de Zandschulp.
Sempre visto sorrindo em quadra e com atitude positiva durante seus jogos, o espanhol viveu um momento de fúria no Masters 1000 de Cincinnati, quando quebrou sua raquete de tanto golpeá-la no chão na derrota para Gael Monfils também na segunda rodada da competição.
O descontrole pareceu surpreender até mesmo Alcaraz, que reconheceu que não está bem mentalmente.
“Não sei o porquê, estava vindo de um verão espetacular, de Roland Garros, de Wimbledon, saindo de lá dizendo que mentalmente tinha dado um passo à frente, como se tivesse percebido que para ganhar grandes coisas ou Grand Slams é preciso estar com a cabeça firme. Agora é como se eu tivesse dado passos para trás. Mentalmente não estou bem, não estou forte. Entre os problemas que tenho é que não sei me controlar, não sei administrar, e isso para mim é realmente um problema”, admitiu o atual número 3 do mundo.