Flamengo e Corinthians se enfrentam nesta quarta-feira no Maracanã no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. Além do tamanho do confronto que dispensa maiores explicações, vários outros ingredientes esquentam ainda mais a partida, como a briga de bastidores com relação às datas dos jogos de volta.
Um personagem específico deverá ter olhares atentos neste confronto. E ele não estará em campo, mas na beira dele. Filipe Luís, o ex-jogador que recentemente iniciou sua carreira de treinador e que foi chamado às pressas para o lugar de Tite, demitido na segunda-feira.
Tal qual um jovem craque que desperta interesse entre torcedores de um time, Filipe Luís é considerado uma joia bruta dos treinadores. Inteligente, com muitas noções táticas, a presença dele como comandante do time principal sempre pareceu uma questão de tempo.
Evidentemente que a história do Flamengo contribuiu para esta percepção. Qualquer rubro-negro vivo associa a situação atual à de Paulo Cesar Carpegiani, volante talentoso que pendurou as chuteiras para rapidamente se transformar em treinador, que terminou campeão da Libertadores e do Mundial em 1981.
O que joga contra essa expectativa enorme é o jogo desta noite. Uma semifinal de campeonato contra o Corinthians. Dois jogos em que será difícil até testar efetivamente a qualidade de Filipe Luís, dada a pressa como tudo foi conduzido de segunda para cá.
Desde quando deu seus primeiros passos no Santos, a expectativa por Neymar foi imensa. E ele se transformou em um monumental jogador. A mesma expectativa foi criada sobre Toró, o garoto prodígio do Fluminense que tinha este apelido porque “fazia fazer chover” nos jogos das categorias de base. Quando subiu para o profissional, não passou de um jogador comum, que terminou a carreira como volante e não mais atacante.
Filipe Luís está em algum lugar entre esses dois mundos.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.