Parte da torcida do São Paulo via Oscar com uma boa dose de desconfiança e mágoa. Desconfiança pelos longos sete anos em que o meia esteve sumido jogando na China. Mágoa por sua saída litigiosa do clube no começo da carreira. “Oscariotes”, disseram muitos, quando ele foi contratado recentemente, em referência clara a Judas Iscariotes, apóstolo que traiu Jesus.
A noite chuvosa no Morumbi tratou de aniquilar desconfiança e mágoa dos torcedores do São Paulo.
Oscar fez uma partida estupenda no clássico contra o Corinthians com um golaço, um passe para outro gol e um desfile incessante de boas jogadas. Ao final, seu time venceu o clássico com autoridade: 3 a 1.
A comemoração de seu gol, o segundo do jogo, foi simbólica da absolvição. Ele sai para comemorar, se atira no chão e fica deitado de costas esperando o abraço dos companheiros. Todos vieram. A torcida foi ao delírio e ali estava selado o perdão, a paz, dê o nome que se queira dar para o novo enlace entre jogador e arquibancada.
O futebol tem dessas coisas: as mágoas raramente são eternas porque um único jogo pode mudar o humor da torcida. E foi exatamente isso o que aconteceu na noite de domingo no Morumbi.
Este foi apenas o começo da jornada de Oscar no São Paulo. A temporada é longa, muitas coisas vão acontecer, outras queixas surgirão em algum momento. Mas a mágoa pela saída atrapalhada no começo da carreira, esta foi sepultada nos 3 a 1 sobre o Corinthians. Outras, no entanto, podem aparecer.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.