Durante a Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética exibiam suas forças com demonstrações de desenvolvimento tecnológico militar. A União Soviética fazia testes nucleares em algum deserto, os Estados Unidos mostravam ao mundo um novo avião imperceptível para radares. Aí, a União Soviética fazia um desfile em que gigantescas armas eram apresentadas e os Estados Unidos lançavam ao espaço mais uma astronave.
Palmeiras e Flamengo, os donos do mundo no futebol do continente, a cada jogo, vão mostrando suas armas ao rival, já que o confronto entre os dois no Brasileiro é cabeça a cabeça e estão na final da Libertadores.
Sábado, o Flamengo passou pelo Sport no Maracanã, com direito a golaço de falta de Arrascaeta, um dos melhores, senão o melhor jogador do campeonato. O Rubro-Negro assumiu a liderança momentânea do campeonato nacional. Pois bem, no dia seguinte o Palmeiras passou pelo Juventude em Caxias do Sul utilizando boa parte do time reserva. Recuperou a ponta da tabela. Duas demonstrações de força.
As estratégias para minar a confiança do rival são acompanhadas de outras nos bastidores, tal qual age a diplomacia dos países. José Boto reclama do juiz de um lado, Abel Ferreira, de outro. Olho também em outras arbitragens. “Por que este lance foi pênalti e para o meu time não foi?”, questionam.
Tudo faz parte da disputa entre os únicos clubes que nadam em uma raia separada dos outros brasileiros há anos e sem perspectiva de que este cenário mude nos próximos. Lembra Real Madrid x Barcelona.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.






