Aconteceu novamente. O Palmeiras colou no Botafogo e já depende apenas de si mesmo para conquistar o tricampeonato brasileiro seguido. Os dois se enfrentam na rodada do meio da próxima semana no Allianz Parque.
A principal diferença entre Palmeiras e Botafogo neste momento histórico é a naturalidade com que um time enfrenta a chegada no topo e a dificuldade que o outro tem para atingir o mesmo objetivo.
O Palmeiras de Abel é o alpinista que já visitou o Everest várias vezes. Sabe os caminhos, sabe as dificuldades, confia que vai conseguir porque já esteve lá. A única coisa que não perdeu depois de anos de conquista é a vontade de chegar no topo de novo. Numa química perfeita, o Palmeiras atual sabe os atalhos, mas não perde o brilho nos olhos por mais.
O Botafogo de hoje vive situação inversa. Nunca esteve fisicamente e tecnicamente tão preparado para alcançar o cume da montanha. Mas vem de um fracasso estrondoso do ano passado e é praticamente impossível não pensar, a cada passo dado hoje, de como chegou perto da meta em 2023, mas não conseguiu.
Claro que o campeonato está aberto, o Botafogo pode calar a boca de todos os rivais e rumar não só para o título brasileiro como também conquistar a Libertadores, o que significa ter o ano mais espetacular de sua história.
Mas o cenário que se apresenta hoje é de um Palmeiras que não precisa jogar bem para vencer e a prova disso foi a vitória contra o Bahia. Há um momento em que a confiança e a força mental valem mais do que o primor técnico e físico.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.