Palmeiras e São Paulo empataram em 0 a 0 no Allianz Parque em um jogo truncado de poucas chances de gol, mas que teve gosto de vitória para o Tricolor, que flertava com uma crise depois de uma semana inteira de resultado e desempenho ruins.
E o empate acabou levando as nuvens da crise que pairavam sobre o CT do São Paulo para o CT vizinho, o do Palmeiras na Barra Funda.
Vaias foram ouvidas ao final da partida no Allianz e críticas fortes à presidente Leila Pereira pela falta de grandes contratações.
No São Paulo, pelo contrário, Zubeldía mudou o sistema, adotou três zagueiros e, na mudança mais radical, tirou do time Oscar e Lucas. Deu certo. O time travou o rival e terminou com o empate, tendo de fato dado apenas duas chances claras de gol para o rival e tido uma de marcar.
Há um detalhe na mudança de Zubeldía, além de não poder perder para não colocar mais em risco ainda o próprio emprego: o gramado sintético. Pela primeira vez, o treinador deixou claro que a não escalação de seus dois principais jogadores teve o piso como um fator importante. Este tema, ao que parece, vai ganhar importância daqui em diante.
Mas fato é que o empate trouxe questionamentos para o lado palmeirense. Na coletiva após o jogo, Abel Ferreira, também pela primeira vez, falou que contratações são uma questão da diretoria. Normalmente, Abel se colocava ao lado da direção.
E neste domingo falou que “faltam peças”. Um recado claro à diretoria, ainda que com muita calma e sem imposição.
A normalidade era a de uma vitória do Palmeiras, jogando em casa. Ela não veio, e a surpresa no placar tira as nuvens momentaneamente do céu tricolor e as transfere para o palmeirense.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.
