O Prêmio Isabel Salgado, realizado esta semana, no CCCB, no Rio de Janeiro, reconheceu a atuação de projetos sociais de voleibol em sua primeira edição. A premiação, que homenageia o legado da ex-jogadora Isabel Salgado (1960-2022), destacou iniciativas de impacto social em diferentes regiões do País, reforçando o esporte como uma poderosa ferramenta de inclusão e transformação, que contempla a diversidade.
A cerimônia reuniu atletas, empreendedores sociais, autoridades, parceiros e familiares da eterna Isabel do Vôlei. O evento destacou o legado da atleta que transcendeu as quadras e marcou gerações com seu ativismo social e dedicação à inclusão por meio do esporte.
“Mais do que um reconhecimento, este Prêmio é um convite à ação. Queremos inspirar atletas de todo o País a descobrirem o impacto que podem ter para além das quadras e dos campos. Acredito profundamente que cada pessoa pode ser agente de mudança — e que, quando sonhamos juntos, temos o poder de transformar o mundo à nossa volta”, disse Maria Clara Salgado, filha de Isabel, ex-atleta de voleibol e gestora-executiva do Prêmio.
No evento, Maria Clara anunciou a nova parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) que vem para fortalecer ainda mais a iniciativa. “O Comitê Olímpico do Brasil estará com vocês no ano que vem”, declarou Emanuel Rego, campeão olímpico e diretor-geral do COB.
Foram contempladas entre os finalistas inscrições de todas as regiões do Brasil – Centro-Oeste, Norte, Nordeste, Sudeste e Sul. Ao todo, foram premiados oito projetos e 16 pessoas. O Comitê Avaliador do Prêmio contou com grandes nomes do esporte como Fabi Alvim, Joanna Maranhão, Flávio Canto, Diogo Silva e Raí, entre outras personalidades. Eles fizeram parte do processo de avaliação dos projetos da categoria Aurora, destinada a atletas ou ex-atletas com atuação em projetos sociais de vôlei.
Na categoria Aurora, dedicada a atletas e ex-atletas que lideram projetos sociais em suas comunidades, foram premiados: o atleta Joanildo Costa Junior com o projeto Esporte Além da Bola; o atleta Narcizo Gomes de Lima Júnior, com o projeto Redes que Transformam, do Instituto Além dos Olhos; o atleta Jorginho, com o projeto Cruzamento Perfeito, do Instituto Bola pra Frente; a atleta Elaine Nunes Maciel, com o projeto Vendedores, do Instituto OBI; o bicampeão olímpico Serginho, com o projeto Instituto Serginho 10 de Vôlei; a atleta Fernanda Pasquarelli, com o projeto Aikua Voleibol Feminino Parauapebas, do Sistema Brasileiro Pró-Arte Saúde e Meio Ambiente – SIBRASTEM. Filhos e netos de Isabel Salgado subiram ao palco durante a entrega em momento emocionante da noite.
Na categoria Semente, voltada a iniciativas nascentes com alto potencial de impacto, foram 142 inscritos, 40 finalistas e 16 premiados. Os contemplados são: Andressa Dos Santos Fernandes; Clésia Márcia Rodrigues de Matos; Danielle Cristine Menezes do Vale; Denilson Oliveira Santos; Erlande Martins Pereira; Eva Vilma Costa Ferreira; Flávia Dias de Carvalho; Gleice Gomes Batista; Ivanise Santos; Jeronimo Julio Santos Spinola; Jônatas Cerqueira Melo; Lucilene Ferreira da Silva; Marcelo Leandro de Lima Meneghini; Marcus Vinicius de Medeiros Alves; Thallis Luiz Souza Ramos; Tuany Tomaz Nascimento.
Já a categoria Raízes, com votação popular nas redes sociais, contemplou projetos consolidados de alcance regional, voltada para empreendedores sociais com iniciativas de voleibol já em andamento. Foram premiados os projetos SuperAção – Vôlei Sentado, da Associação dos Moradores da Quarta Etapa do Conjunto Ceará, com sede em Fortaleza, e o projeto Esporte para Todos, da Associação Esportiva Feminina da Amazônia, que é sediado em Santarém, no Pará.
Os troféus, assinados pelo artista Raul Mourão, foram entregues aos premiados junto de aportes financeiros e, no caso da categoria Semente, inclusão em programas de capacitação. Maria Clara lembrou ainda que o Brasão, entregue como uma honraria, é um dos legados do prêmio.
“Meu coração segue cheio de certeza de que estamos construindo um caminho de esperança e com oportunidades reais para todos. É uma honra imensa ver o nome da minha mãe, Isabel Salgado, associado a tantos projetos e pessoas que acreditam, como ela acreditava, que o esporte pode ser uma ferramenta de inclusão e impacto social”, celebrou Maria Clara.
*Com Comitê Olímpico do Brasil