A Seleção Brasileira masculina de ginástica artística está de cara nova. Na verdade, uma mescla de jovens e experientes sob o “comando” de duas referências olímpicas: Arthur Nory e Caio Souza. A experiência dessa dupla atrelada a novos rostos que vão aparecer neste ciclo olímpico para Los Angeles-2028 será a tônica da seleção, que iniciou o seu primeiro camping de treinamento no CT do Time Brasil, no Rio de Janeiro, nesta semana.
O objetivo inicial é monitorar os atletas e iniciar a preparação deles para compromissos já em 2025, ano que tem a disputa do Mundial de Ginástica Artística, em outubro, na Indonésia. A meta é formar um time forte e equilibrado e ir evoluindo em busca da sonhada vaga olímpica por equipes, que estará em jogo a partir do Mundial do próximo ano.
“O nosso grande objetivo é classificar a equipe completa para os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028. Estamos começando esse novo ciclo com uma mescla de juventude e experiência e ter essa opção de mais atletas só nos fortalece na hora de montar uma equipe competitiva. Eu e Caio já passamos por essa fase de sermos os mais novos e, agora, podemos trazer todo esse aprendizado para orientar e motivar – e sermos motivados pelos mais jovens. Vamos juntos para conquistar esse objetivo da equipe”, analisou Nory, medalhista de bronze nos Jogos do Rio-2016.
“Estamos tendo uma interação muito legal entre os atletas. Temos a experiência dos mais velhos com a juventude dos mais novos. Se estou como espelho para os outros isso mostra que meu trabalho na ginástica foi bem-feito. Entramos neste ciclo com a cabeça focada no time e em melhorias individuais. É fundamental ressaltar que esse momento de início é importante para nos adaptarmos ao novo código de pontuação da FIG [Federação Internacional de Ginástica], então é a hora de testarmos e aprimorarmos os elementos de acordo com as mudanças que foram realizadas”, completou Caio.
No novo time, há atletas com mais bagagem em competições internacionais, como Nory, Caio e Diogo Soares – que, apesar de mais novo, já teve experiência olímpica – e jovens atletas na transição entre a base e o adulto, alguns com passagens pela própria seleção principal. Nesse grupo, nomes como o de Yuri Guimarães, Vitaliy Guimarães, Lucas Bitencourt e Bernardo Actos surgem como destaques e se juntam a outros atletas promissores, como Pedro Silvestre e Derick Goulart, crias dos Jogos da Juventude que estão tendo a primeira oportunidade com a equipe adulta.
“Pensamos no início como camping de desenvolvimento, de mapeamento e de olhar todos os atletas. Temos uma mudança muito radical no código e temos que criar adaptação e seguir novas tendências. É um trabalho de direcionamento para todos. Essa mescla dos atletas mais experientes com os que estão iniciando o processo dá motivação, bagagem para que todos sigam firmes no trabalho, acreditem e tenham sucesso”, pontuou Hilton Dichelli Júnior, coordenador técnico da seleção.
*Com Comitê Olímpico do Brasil