Depois de um período de descanso e de muitos compromissos fora dos tatames após os Jogos de Paris-2024, a campeã olímpica Beatriz Souza competiu no último final de semana no Campeonato Pan-Americano e Oceania de Judô, em Santiago, no Chile, e conquistou mais duas medalhas de ouro continentais. Bia venceu a disputa individual de sua categoria (+78kg) e ajudou a equipe brasileira a conquistar o ouro por equipes mistas. Este foi seu sexto título continental na classe sênior, o quinto consecutivo.
“Eu estava com muita saudade de competir. Um novo desafio se inicia, oficialmente o ciclo de Los Angeles começa e a gente já começou com o pé direito”, disse Bia.
Uma novidade no quimono da brasileira chamou a atenção. Com o ouro olímpico, Bia ostentará até Los Angeles-2028 uma honraria exclusiva dos campeões olímpicos: o backnumber dourado. Sarah Menezes e Rafaela Silva eram as únicas brasileiras a portar o nome dourado nas costas em função de seus ouros em Londres-2012 e Rio-2016, respectivamente.
“É sempre bom voltar aos tatames internacionais, ainda mais representando o meu país, representando o meu clube e ainda com o lindo backnumber dourado nas costas”, falou a judoca de 26 anos.
Anunciada nos eventos como campeã olímpica e carregando o dourado no uniforme, Bia garantiu que os hábitos pré-competições continuam os mesmos. “Meu ritual se manteve. Antes de entrar no tatame, assisti minha sériezinha, joguei meu joguinho e tudo se manteve normal”, contou ela.
Mas, sendo a referência da categoria e, agora, a atleta a ser batida em todos as competições, a brasileira projeta o ajuste de alguns detalhes no seu judô e quer testar novas técnicas para continuar conquistando bons resultados.
“A gente sempre trabalha em busca da evolução o tempo todo. Então, além de ajustar os detalhes, a gente quer criar alguns movimentos diferentes, alguns golpes diferentes, nem que seja uma pegada a mais, para poder surpreender as adversárias o tempo todo”, explicou.
“A competitividade se manteve, então as meninas continuaram vindo forte. Eu sou uma das adversárias delas a serem batidas, então preciso focar, me concentrar cada vez mais na luta, continuar ajustando os detalhes nos treinos. Os ajustes são fundamentais para poder chegar de uma maneira diferente e cada vez mais forte nas competições”, falou Bia.
Na campanha no Chile, a Seleção Brasileira de Judô faturou nove ouros, três pratas e quatro bronzes na competição. Resultados que deram ao País o título de campeão geral, além da melhor campanha da história do Brasil em Campeonatos Pan-Americanos de judô.
O próximo compromisso da equipe será o Grand Slam de Astana, no Cazaquistão, com a presença de Bia entre os convocados e transmissão ao vivo pelo Canal Olímpico do Brasil, no Youtube, nos próximos dias 9, 10 e 11.
*Com Comitê Olímpico do Brasil