A campanha do atletismo brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 superou a de Tóquio na cor das medalhas e no número de finais, com 44 atletas – 20 mulheres e 24 homens –, em um ciclo de trabalho mais curto, de três anos e não quatro, por causa da pandemia da covid-19 que adiou os Jogos no Japão. O balanço do atletismo incluiu duas medalhas (uma de prata e um de bronze) em seis finais, quatro semifinais, um recorde sul-americano, três recordes nacionais, quatro melhores marcas pessoais e três melhores marcas da temporada.
O atletismo conquistou a histórica medalha de prata olímpica de Caio Bonfim na marcha atlética 20km, depois do feito de competir na prova com equipe completa, classificou três homens e três mulheres. Ainda foi sétimo colocado com Caio e Viviane Lyra, entre os top 8, na maratona de marcha atlética em revezamento.
Também Alison dos Santos, o Piu, conquistou sua segunda medalha de bronze, repetindo Tóquio, nos 400m com barreiras, prova que vem sendo considerada excepcional nos últimos anos, com a presença de três atletas com as melhores marcas de todos os tempos: Alison, o norueguês Karsten Warholm e o norte-americano Rai Benjamim.
O Brasil foi a seis finais. Com o jovem Luiz Maurício da Silva, de 24 anos, no lançamento de dardo, com recorde brasileiro e sul-americano (85,91 m) e Valdileia Martins no salto em altura, com 1,92 m, igualando o recorde brasileiro de Orlane dos Santos, de 1989. Importante destacar também Almir Junior na final do salto triplo.
Nas semifinais, a delegação teve representantes em uma prova que vem forte há anos no Brasil, os 110m com barreiras, com Eduardo de Deus e Rafael Pereira. O público viu também dois jovens destaques em ação: Matheus Lima, de 21 anos, nos 400m com barreiras, e Renan Galina, de 20 anos, nos 200m, ambos, certamente, serão nomes no próximo ciclo.
“O Atletismo Brasil está em um bom caminho. A avaliação da Olimpíada foi superpositiva numa edição de Jogos muito forte, com muitos países se destacando”, comentou Wlamir Motta Campos, presidente do Conselho de Administração da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Fora as ausências de Darlan Romani, no arremesso do peso, e Thiago Braz, no salto com vara, que poderiam ter contribuído com medalhas.
O Brasil ficou em 30° no quadro geral de medalhas do atletismo, atrás da Itália, em 29°, e na frente da França, em 31°. No quadro por pontos, o Brasil ficou em 27º (15 pontos).
O novo ciclo olímpico será de quatro anos até os Jogos de Los Angeles, na Califórnia, Estados Unidos, a Cerimônia de Abertura será no dia 14 de julho de 2028.
Os atletas brasileiros terão pela frente o Campeonato Mundial de Atletismo, no Estádio Nacional de Tóquio, Japão, na próxima temporada, de 13 a 21 de setembro de 2025.
*Com Confederação Brasileira de Atletismo