Uma máxima antiga do automobilismo afirma que o primeiro adversário de um piloto é o seu companheiro de equipe. Na atual temporada, para a McLaren, essa frase ganhou um peso ainda maior. A disputa entre o australiano Oscar Piastri e o britânico Lando Norris não é apenas uma briga interna por superioridade, é a batalha direta pelo cobiçado título mundial de Fórmula 1.
Por mais que não tenha disputado título com o companheiro, Carlos Sainz dividiu a garagem da McLaren com Norris em 2019 e 2020 e analisou o equilíbrio entre permitir disputas abertas entre companheiros e o controle do time de Woking durante o ano.
“Acho que depende do nível de domínio da equipe. Acho que os anos da Mercedes são um exemplo perfeito, eles eram tão dominantes que podiam se dar ao luxo de deixar os pilotos lutarem entre si um pouco mais. Mesmo que as equipes não digam isso abertamente, o campeonato de pilotos é algo que uma equipe quer conquistar”, afirmou o espanhol.
O espanhol ainda ressaltou que, independentemente dos nomes envolvidos, o objetivo principal das equipes é garantir que o título de pilotos fique dentro de casa, mesmo que isso exija limitar disputas diretas, ainda mais com a aproximação perigosa de Max Verstappen, da Red Bull, que já era praticamente carta fora do baralho na disputa pelo título e acabou ganhando fôlego com duas vitórias em três corridas desde a volta das férias de meio de ano da F1.
“O outro piloto pode se chamar Pepe ou Pepito, não importa. Se o campeonato pode ir para a equipe e para um dos pilotos, e você tem dois pilotos brigando por ele, e há um cara que pode vencê-lo, não importa se é Carlos Sainz, Max Verstappen ou Charles Leclerc, você quer o campeonato com seus dois pilotos”, finalizou o espanhol.






