A preparação da Seleção Brasileira para a grande final da Copa América Feminina contra a Colômbia neste sábado, 2, às 18h (horário de Brasília), no estádio Rodrigo Paz Delgado, contou com as presenças inspiradoras de duas ex-jogadoras do Brasil. Convidadas pela Conmebol para assistir à decisão, a ex-zagueira Zizi e a ex-atacante Pretinha aproveitaram para fazer uma visita surpresa durante treinamento da equipe no CT da LDU, em Quito, no Equador.
Pretinha foi atacante da seleção por mais de 20 anos. Ao longo desse período, disputou quatro Copas do Mundo, conquistou bronze em 1999, nos Estados Unidos, e prata na China, em 2007. Além das quatro participações em Jogos Olímpicos, quando conquistou duas pratas (Atenas-2004 e Pequim-2008). Mesmo com essa experiência, para ela, este momento com a nova geração brasileira foi muito gratificante.
“Estou feliz de poder presenciar a evolução do nosso futebol feminino e estar em uma final. É emocionante acompanhar o Brasil hoje como torcedora. Então, eu estou muito feliz por poder ter essa oportunidade”, comentou a ex-jogadora.
O Brasil vai para o 15º confronto com a Colômbia e está invicto diante das adversárias, são 11 vitórias e três empates para a Seleção Brasileira. Pretinha ressaltou que, apesar do retrospecto positivo, as colombianas vêm evoluindo muito.
“Vai ser um jogo difícil, mas bom de se jogar. Eu tenho certeza que a seleção fará um ótimo jogo e vai conquistar o título”, analisou Pretinha, confiante. “É jogar com alegria, com amor, com superação e dedicação”, completou.
Zizi participou da Copa do Mundo na Alemanha e dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, onde o Brasil conquistou a medalha de prata. Foi a primeira vez que ela acompanhou um treino da seleção sob o comando de Arthur Elias, treinador que ela conhece desde a época do Centro Olímpico.
“Fui atleta dele e fomos campeões brasileiros em 2013”, contou. Ao relembrar a fase com Arthur ela revela que ele “continua o mesmo”. “A zaga tem que se comportar muito bem e desde que eu fui atleta dele, sempre era um time bem ofensivo”, relembrou.
Depois de acompanhar a tarde de treinamento e conversar com integrantes da comissão técnica da seleção, Zizi ressaltou o sentimento de felicidade por ver a evolução da modalidade.
“É incrível, porque tudo o que a gente buscou lá atrás, hoje, elas estão tendo. Tem algumas que eu já joguei junto, e vê-las assim, dá até vontade de chorar. É gratificante demais”, comentou ela, emocionada.
Zizi também afirmou que essa experiencia também vai contribuir na sua formação como treinadora do projeto social Para Ela Jogar, em Carapicuíba, em São Paulo. Há dois anos ela se dedica a transformar vidas. São 50 garotas com idades entre 10 e 17 anos que participam de aulas de futebol. “O que me motiva é poder encorajar as meninas a fazer o que elas querem, que é jogar futebol, sem medo”, afirmou.
“Eu tenho duas alunas com espectro autista. Quando eu as vejo no gol, defendendo, vibrando, eu sinto que o futebol tem linguagem universal”, comentou a ex-zagueira da seleção.
Ao voltar para o Brasil, Zizi quer ter uma história de coragem e vitória da Seleção Brasileira feminina para contar às suas alunas. “Na final, é continuar a colocar o futebol brasileiro em prática. É ser Brasil em campo”, declarou.
*Com Confederação Brasileira de Futebol






