Na terça-feira de Copa do Brasil não teve moleza nenhuma para os times grandes. A expectativa era resolver a parada no jogo de ida, mas ninguém conseguiu. Todos terão de jogar para valer a volta, sem poupar jogadores em um calendário insano.
O Inter sofreu uma barbaridade para vencer o desconhecido Maracanã dentro do Beira-Rio. O São Paulo encarou o Náutico que vem mal na Série C do Brasileiro, saiu atrás no placar e só conseguiu a virada graças a dois gols de Luciano, em noite inspirada.
No Maracanã, o Fluminense foi criticado pela torcida por causa da vitória magra sobre o Aparecidense com gol salvador de Keno. E o Galo, no Paraná, conseguiu arrancar um empate do Maringá, vice-campeão estadual.
O que explica jogos tão duros em confrontos em tese tão desiguais? Para além do “não tem mais bobo no futebol”, há algumas teses. A mais importante pode ser o calendário maluco que os clubes da Série A enfrentam até a parada para o Super Mundial de clubes. São três competições diferentes: Brasileiro, Libertadores/Sul-Americana e agora a Copa do Brasil. Jogos em sequência que moem a preparação física e mental de qualquer time, além de impedir sessões de treinos de
qualidade.
Times de séries inferiores não enfrentam este desafio, embora tenham outros muito importantes. Ao menos do ponto de vista físico, os azarões desta fase estão mais inteiros.
Fato que São Paulo, Fluminense, Galo e Inter – os quatro gigantes que sofreram nesta terça-feira – são times de nível muito parecidos. Longe de ser times fracos, mas também de serem protagonistas na elite este ano.
Palmeiras e Flamengo ainda entrarão em campo pela Copa do Brasil. O nível que eles apresentarão neste confronto da competição dará uma noção melhor se temos visto equilíbrio ou se apenas acontece quando os menos qualificados entram em campo.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.