A união histórica e extremamente vitoriosa entre Lewis Hamilton e Mercedes só foi possível graças aos esforços de Niki Lauda. O ex-diretor não-executivo da escuderia alemã, que morreu em 2019, teve um papel fundamental para convencer o heptacampeão a deixar a McLaren para assinar com os Flechas de Prata no segundo semestre de 2012.
Hamilton já declarou diversas vezes sobre a importância do tricampeão mundial nas negociações, mas Toto Wolff acredita que Lauda não recebeu os devidos créditos por ter apostado em uma parceria que se tornou uma das mais marcantes da história do esporte.
“Sem Niki, não haveria Lewis na Mercedes”, disse o chefe da equipe em entrevista ao podcast Beyond the Grid. “Acho que Niki foi muito persistente em tentar convencê-lo a se juntar à Mercedes e, particularmente, ele acabou marcando um gol com ele naquela noite de domingo em Singapura, onde Lewis abandonou a McLaren, e o convenceu a se juntar à equipe. Não tenho certeza se Niki já recebeu crédito suficiente por isso”, acrescentou.
Toto revelou ainda que o peso da história de Lauda na categoria ajudou na adaptação de Hamilton à Mercedes e valorizou a forte ligação que o britânico construiu com a equipe ao longo de 12 temporadas.
“Niki sempre foi um ótimo elo entre a equipe e Lewis nos primeiros anos, porque ele falava como um tricampeão mundial e tinha o respeito de Lewis. Eventualmente nos tornamos três e toda a equipe se tornou uma”, comentou.
“Às vezes chamamos os pilotos de contratados: eles vêm, você os paga bem, se eles não têm mais o carro certo e vão ser bem pagos em outro lugar, eles vão embora. Lewis deixou de ser um contratado para se tornar um membro do time e isso aconteceu porque todos os outros simplesmente abraçaram a noção de equipe que tínhamos naquela época”, concluiu o dirigente austríaco.