A passagem de Tite pelo Flamengo ficou um pouco pior depois do jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil entre Flamengo e Corinthians. O Rubro-Negro que venceu por 1 a 0, mas poderia ter feito quatro gols sob comando de Filipe Luís, foi um outro time.
Arrascaeta, que se arrastou em campo na Libertadores contra o Peñarol e o Athletico-PR no jogo da demissão de Tite, foi um grande exemplo. Parecia outro jogador na quarta-feira. Mesmo Gabigol, que não faz nada há mais de um ano, deu sinais de renascimento. Difícil apontar um jogador entre os titulares que tenha jogado mal.
Além do debate em torno do que será o Flamengo a partir de agora, há outro: o que será de Tite? O personagem é alguém que já foi considerado com muita folga o melhor treinador em atividade no futebol brasileiro.
Vale lembrar: nunca um técnico de Seleção Brasileira chegou ao cargo tão isento de quaisquer críticas na preparação para uma Copa do Mundo, no caso, a de 2018. Eliminado nas quartas de final pela Bélgica, nem sequer foi cogitada a sua demissão e ele esteve à frente do time no Mundial seguinte, no qual caiu na mesma fase.
Quarta-feira, o Flamengo que entrou em campo contra o Corinthians tinha brilho. O time de Tite raramente deixou de ser absolutamente opaco, assim como suas entrevistas depois dos jogos. Até nisso se viu uma enorme diferença. As frases de efeito e expressões pretensiosas de Tite deram lugar a um discurso claro de Filipe Luís sobre o que foi o jogo.
Tite tem um enorme desafio pela frente. Precisa recuperar prestígio e pensar, inclusive, sobre sua comunicação, absolutamente desgastada até mesmo para quem o admira.
Em 2013, Tite saiu do Corinthians e tirou um ano sabático em 2014. Voltou renovado e melhor em 2015. Para comandar o Flamengo, quebrou sua promessa de outro ano sabático em 2023. O resultado foi um fracasso.
O que ele fará agora para retomar sua carreira?
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.