A Arábia Saudita segue firme na ideia de levar os melhores jogadores do mundo para sua liga. A bola da vez agora Vinicius Júnior. O Fundo Público de Investimentos (PIF) do governo do país quer o brasileiro para jogar no Al Ahli, e para isso está oferecendo um salário 13 vezes maior do que ele ganha no Real Madrid, além de um plano pós-carreira e a possibilidade de ele voltar para a Europa em menos de cinco anos.
Para tentar convencer Vini Jr da mudança, a Arábia Saudita acena com uma quantia obscena e outros atrativos. Além de 1 bilhão de euros (cerca de R$ 6 bilhões) por cinco anos de contrato e a liberdade para decidir seu futuro em 2029, eles oferecem papel como embaixador da Copa do Mundo de 2034, que o país vai sediar, e algum cargo após a aposentadoria. Esses dois últimos fatores seriam mantidos mesmo que Vini decidisse sair do país em 2029, quando teria 29 anos.
O que pesa para Vini, claro, é o alto valor, que resolveria a vida de gerações da família do atacante. Mas um fator pode ser decisivo para a permanência dele na Espanha: a Bola de Ouro. Nunca um atleta que jogasse fora da Europa ganhou o prestigiado prêmio.
O contrato de Vinicius seria o maior da história do futebol. Cristiano Ronaldo, por exemplo, também ganha cerca de 200 milhões de euros por temporada, mas seu contrato com o Al-Nassr vai apenas até 2026.
O Real Madrid, no entanto, está dificultando as coisas. O clube merengue não abre mão do pagamento da multa rescisória, que é de 1 bilhão de euros. Vale lembrar que a venda de Neymar do Barcelona para o PSG, por 222 milhões de euros, é ainda a maior transferência do futebol, ou seja, Vini custaria mais de quatro vezes.
As conversas acontecem há mais de um mês, e os sauditas mantêm a cautela. Apesar de saberem do projeto ambicioso, não querem gerar desconforto entre as partes, seja Vini Jr. ou o Real Madrid, e as conversas podem ficar para a próxima temporada.