A marchadora Viviane Lyra já retornou os treinos após a disputa da Olimpíada de Paris e o foco agora passa a ser a disputa dos 35km e dos 20 km no Mundial de Tóquio, de 13 a 21 de setembro de 2025. Após um período de férias, para descansar o corpo e a mente do duro ciclo olímpico até a capital francesa, ela retomou a sua preparação há um mês.
Durante a COB Expo, no estande da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Viviane comentou sobre os planos para dar sequência à incrível evolução que apresentou nos últimos anos.
“Descansei, mas já voltei a treinar com foco total para o Mundial de Atletismo no ano que vem”, disse Viviane, que já tem índice para os 20km da marcha atlética, mas também vai buscar a marca mínima exigida pela World Athletics para os 35km, prova mais longa e sua preferida.
“Estou muito feliz por ter essa prova no programa, vim de provas longas e gosto muito. Será a primeira vez que os 35km vêm primeiro no programa do Mundial, antes dos 20km. Como tem um período grande de dias entre as provas, é possível fazer uma boa recuperação”, observou a marchadora, que é a recordista brasileira dos 35Km, com 2h44min40, registrado em agosto de 2023, e também nos 20km em pista, em junho deste ano, com o tempo de 1h30min38s3.
Sobre 2024, Viviane definiu como “um ano incrível”. “Eu evoluí muito nas minhas marcas e cada experiência, cada prova, foi muito importante. E, apesar de tudo, fomos quinto no Mundial e sétimos na Olimpíada no revezamento de maratona, e estou muito orgulhosa de todo esse processo”, afirmou Viviane, que foi 18ª nos 20km em Paris com a marca de 1h30min31.
“Apesar de as coisas não terem saído do jeito que a gente espera, em algumas situações, como foi no Mundial de Antalya [Turquia], eu tiro muito proveito de tudo o que passei durante a temporada”, resumiu a atleta.
No Mundial, a dupla brasileira formada por Caio Bonfim e Viviane chegou a liderar a maratona de marcha atlética em revezamento, mas foi prejudicada por um pit lane que Viviane teve de cumprir. Mesmo assim, saiu da Turquia com a inédita vaga olímpica. “Pena que a maratona não está no programa do Mundial”, lamentou ela.
Nos Jogos de Tóquio, em 2021, ela havia ficado fora da seleção “por uma vaga” e agora foi para a sua primeira disputa olímpica, em Paris, com índice para participar de duas provas. “E a marcha atlética teve equipe completa também [com seis atletas] pela primeira vez na história do atletismo. É um grande orgulho”, ressaltou Viviane.
*Com Confederação Brasileira de Atletismo