Piloto mais experiente do grid da Fórmula 1, Fernando Alonso tem uma maneira própria de abordar seu futuro na categoria mais importante do automobilismo mundial. Para o bicampeão de 43 anos, sua permanência no grid vai depender do quão motivado ele estará nos próximos anos, por isso não quer se comprometer com um contrato de longo prazo com a Aston Martin, para não prejudicar a equipe de Lawrence Stroll.
“Agora estou muito motivado, mas não posso garantir isso por três ou quatro anos e comprometer a equipe. Então, digo: vamos fazer isso até o final de 2026 e, a partir daí, acho que tenho um relacionamento incrível com Lawrence e Lance [Stroll]”, afirmou Alonso.
“Podemos sentar e conversar honestamente entre todos nós e verificar o que é melhor para a equipe. Sempre estarei em posição de ajudar o time no que for preciso. Se for ao volante, estenderei o contrato se eles pensarem assim e eu me sentir motivado. Se for em outra posição, ou se eu não me sentir rápido o suficiente, serei o primeiro a levantar a mão”, declarou.
Com contrato até o final de 2026, o espanhol ainda estará no comando de um carro da equipe britânica na próxima temporada, quando o regulamento da F1 vai mudar e a Honda passará a ser a nova fornecedora de motores. Essas duas novidades motivam Alonso, mas mesmo assim ele insiste em não dar garantias a respeito de quanto tempo ainda vai correr.
“Não aos 50 [anos], mas não sei. É por isso que mantivemos essa possibilidade em aberto também. Eu queria correr este ano com certeza e no próximo, por causa da mudança no regulamento – queria vivenciar as regras de 2026 e a chegada da Honda à equipe”, explicou ele.
“Depois, a surpresa de Adrian [Newey] se juntar à equipe alguns meses depois. Houve coisas interessantes no ano passado, quando nos reunimos e negociamos o contrato. Mas depois de 2026, não sei. Vou analisar temporada por temporada. Vou ver como me sinto, quão motivado estarei”, emendou.
Alonso também não descartou a possibilidade de continuar na Aston Martin depois de 2026, mas em um papel diferente dentro da equipe.
“Vou pilotar enquanto me sentir rápido e competitivo e a equipe precisar de mim ao volante. Mas meu contrato é muito mais longo do que minha carreira no automobilismo, então ficarei nesta equipe por muitos e muitos anos em uma função diferente. Se isso significar que podemos vencer um Campeonato Mundial mesmo eu não estando ao volante, ainda terei muito orgulho do projeto”, finalizou Alonso.