O vice-campeonato na Liga das Nações de Vôlei (VNL, na sigla em inglês) não era o resultado esperado pela Seleção Brasileira feminina nem pelo técnico José Roberto Guimarães após a bela campanha no torneio, a segunda melhor no geral. O treinador elogiou o desempenho do Brasil na competição, reconheceu os principais erros cometidos na final contra a Itália, no domingo, 27, em Lodz, na Polônia, mas já está com os olhos voltados para o Mundial da Tailândia, que começa no dia 22 de agosto.
“Em números, algumas coisas foram iguais na decisão: viradas de bola, bloqueios. Mas a Itália esteve melhor nos contra-ataques. Precisamos evoluir. Nosso time está de parabéns pela luta, garra, dedicação e atitude que teve o tempo inteiro. Tentamos até o fim, sem desistir”, falou Zé Roberto após a partida.
Apesar dos elogios, o técnico multicampeão avaliou os pontos em que o Brasil ainda precisa melhorar e deixou claro que já está pensando nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028, tendo a Itália como um grande exemplo de evolução e planejamento de uma equipe.
“Temos que diminuir o número de erros e melhorar o sistema defensivo. Não conseguimos bloquear ou defender os contra-ataques como as italianas fizeram, e isso acabou nos complicando. Fiquei orgulhoso. Ninguém gosta do segundo lugar, mas o que nós alcançamos foi importante”, afirmou ele.
“Precisamos dar experiência às meninas mais novas, porque temos alguns anos para a Olimpíada e devemos evoluir. A Itália hoje é o time a ser batido. Tem duas opostas muito fortes. As ponteiras são habilidosas, erram pouco e dão um volume extraordinário. As levantadoras são boas, e a De Gennaro, para mim, é a melhor líbero do mundo. A equipe italiana vem de um processo de anos em busca de títulos e conseguiu. Precisamos entender esse processo e acreditar que as nossas meninas vão evoluir. Esse sofrimento de segundo lugar faz parte da história e de tudo o que elas vão construir para crescer”, acrescentou o comandante brasileiro.
O Brasil agora volta seu foco para o Mundial no mês que vem, quando vai em busca do título inédito da competição. A seleção chegou a quatro finais, mas ficou com a segunda colocação em todas as ocasiões, com a mais recente em 2022 contra a Sérvia, atual bicampeã.
“Temos que pensar na nossa volta, na retomada de treinamentos e colocar a cabeça no Mundial. É definir o time, treinar bastante para ter um sincronismo cada vez melhor, pensar nos adversários já conhecidos e depois bater no que ainda estamos errando: os contra-ataques”, finalizou Zé Roberto.






