A Seleção Brasileira entra em campo nesta quinta-feira, 5, pelas Eliminatórias da Copa. Em um passado bem recente, a informação da primeira frase nem chamaria muito a atenção, a não ser que fosse um jogo contra a Argentina, vá lá.
Afinal, o roteiro seria o mesmo. Os mesmos convocados, o mesmo tipo de jogo, a mesma certeza de que no final das contas o Brasil não ficará fora da Copa do Mundo
Esta quinta-feira está diferente, com ingredientes quase todos iguais. Os convocados são praticamente os mesmos e a certeza de que estaremos na Copa permanece. Mas na beira do campo estará Carlo Ancelotti e isso muda toda a expectativa.
Se não estamos aguardando uma revolução tática, estamos com esperança de um comportamento diferente do time em campo.
O sonho de ver a seleção de novo sendo foco de interesse de verdade do torcedor deixou de lado o seu principal personagem nos últimos dez anos. Neymar não foi convocado, não sabe seu futuro no Santos e a verdade é que pelo menos até aqui não há clamor pela sua volta ao time do Brasil (tudo pode mudar se a estreia de Ancelotti nesta contra o Equador for ruim).
Mas Ancelotti involuntariamente ofuscou Neymar. Enquanto o treinador italiano ganhou todos os holofotes e teve registrados momentos como experimentando Biscoito Globo e indo ao Cristo Redentor, Neymar foi observado de outra forma: como o jogador que meteu a mão na bola, foi expulso e deixou seu time na mão, que esteve na final da Kings League e não ao lado de seus companheiros, que foi xingado e inflamou torcidas adversárias, que declarou que não sabe se continua no Santos depois de poucos meses de pouco brilho e muita grana recebida.
A cereja no bolo foi seu pai aparecendo em zonas mistas para falar do sacrifício que seu filho vem fazendo ao jogar no Peixe e colocando em dúvida o futuro do rebento no clube.
Se a chegada de Ancelotti sem bola rolando foi um estrondo, a volta de Neymar até aqui é um grande fracasso.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.






