O corintiano acostumado à segurança passada pelos times de Tite e Carille vai precisar de um tempo de adaptação. O Corinthians de Dorival Júnior é uma outra coisa.
Sai de campo a equipe que sequestrava o jogo assim que fazia um gol, bloqueava espaços e preenchia o campo de forma que o rival mal conseguia se aproximar de sua área. E entra um time que troca mais a bola, joga com paciência e menos verticalidade e, mais importante, permite que o rival incomode.
Nesta quarta-feira, 21, o time de Dorival Júnior avançou para as oitavas de final da Copa do Brasil vencendo o Novorizontino por 1 a 0 na Neo Química Arena. No jogo de ida, havia vencido também pelo mesmo placar.
Dorival iniciou o jogo em um 4-1-4-1 que não funcionou e ainda no primeiro tempo mudou para um 4-4-2 que foi um pouco melhor. Mas em nenhum momento, nem no primeiro e nem no segundo tempo o Corinthians controlou a partida. Até o empate dava a classificação ao Timão, mas o torcedor só sossegou aos 47 minutos do segundo tempo, quando Yuri Alberto fez um belo gol. Até então o clima de tensão ficou o tempo todo no ar, mesmo que o Novorizontino não tivesse criado nenhuma grande chance de marcar, embora tenha rondado a área rival por muitas vezes.
Assim trabalha Dorival Júnior. Seus ótimos recentes trabalhos no Flamengo e no São Paulo, coroados por conquistas gigantes, também tiveram essa característica. Posse de bola como princípio para controlar as partidas, sem conseguir muitas vezes.
Yuri Alberto vai se tornando a figura mais importante deste novo Corinthians. O alívio sentido em Itaquera se deve a ele.
Classificado para a próxima fase, é preciso olhar com atenção para a evolução coletiva do time. Ela ainda é tímida, mas não espere um Corinthians que quase nunca sofre como alguns que conquistaram muito em um passado não tão distante.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.






