A Associação de Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA), cofundada por Novak Djokovic, iniciou ações judiciais contra as principais entidades que governam o tênis mundial: a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), a Associação de Tênis Feminino (WTA), a Federação Internacional de Tênis (ITF) e a Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA). As ações foram protocoladas nos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, com o objetivo de reformar a estrutura do esporte e melhorar as condições de trabalho dos jogadores.
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A PTPA alega que essas organizações formam um “cartel” que suprime a concorrência, manipula premiações, impõe sistemas de classificação restritivos e executa protocolos invasivos de antidoping e anticorrupção. Entre as principais reclamações estão a limitação dos ganhos dos jogadores, a prevenção de torneios alternativos e a imposição de contratos exploratórios. Além disso, a associação destaca preocupações com o bem-estar dos atletas, como condições extremas de jogo e calendários exaustivos.
“O tênis está quebrado. Por trás do glamour o que os réus promovem, os jogadores estão presos em um sistema injusto que explora seu talento, suprime seus ganhos e coloca em risco sua saúde e segurança. Esgotamos todas as opções de reforma por meio do diálogo, e os órgãos governamentais não nos deixaram outra escolha a não ser buscar responsabilização por meio dos tribunais. Corrigir essas falhas sistêmicas não é sobre interromper o tênis, é sobre salvá-lo para as gerações de jogadores e fãs que virão”, afirmou Ahmad Nassar, Diretor Executivo da PTPA.
“A temporada profissional de tênis se estende por 11 meses do ano, deixando pouco ou nenhum espaço para os jogadores descansarem e se recuperarem. O cronograma insustentável exige que os jogadores viajem com seu próprio dinheiro e cuidem de sua própria logística para participar de dezenas de torneios em seis continentes. Passar tempo com a família ou se recuperar de lesões exige abrir mão de oportunidades de ganhar a vida e ganhar pontos de classificação cobiçados”, destaca a nota.
Em resposta, a ATP e a WTA rejeitaram as alegações, comprometendo-se a defender “vigorosamente” suas posições. As entidades destacaram os avanços financeiros e estruturais alcançados nos últimos anos e consideraram as acusações infundadas.
A PTPA, fundada em 2020 por Djokovic e pelo canadense Vasek Pospisil, tem como missão promover os direitos, a saúde, a segurança e os benefícios dos tenistas profissionais ao longo de suas carreiras. A associação busca, por meio dessas ações judiciais, implementar reformas que garantam um sistema mais justo e transparente no tênis profissional.