Após passar por escuderias como Toro Rosso, Renault, McLaren e Ferrari, Carlos Sainz abraçou um novo e desafiador projeto na Fórmula 1: ajudar a reerguer a tradicional, mas atualmente modesta equipe Williams.
Sem espaço nas principais equipes do grid depois de sair do time de Maranello, o piloto de 30 anos deixou claro que sua escolha foi calculada e cheia de propósito. Ele sonha em recolocar a escuderia inglesa no topo do automobilismo e, quem sabe, coroar a parceria com o título mundial.
“Não encontrei um lugar em uma equipe de ponta, vou tentar criar uma”, afirmou Sainz em entrevista ao site Motorsport. “Eu gostaria de vencer o Campeonato Mundial, de estar lutando com a Williams pelo objetivo final. Esse é o meu projeto de vida, ter entusiasmo, motivação e colocar tudo isso em um projeto.”
Sainz sabe exatamente os passos que precisa seguir e lembrou que viveu algo semelhante quando passou pela McLaren, no período em que a equipe começava a trilhar o caminho que a levaria de volta à competitividade. Agora, ele aposta na mesma fórmula de reconstrução na Williams, sob o comando do chefe James Vowles.
“Quando cheguei à McLaren, havia Andrea Stella e Peter Prodromou. Talvez eles ainda não estivessem nos cargos que ocupam hoje, mas era possível ver claramente o perfil e a capacidade deles”, relembrou ele.
“Conversei longamente com James sobre o projeto que ele tinha em mente e decidi ir para a Williams porque parecia ser a melhor oportunidade de criar uma equipe de ponta. Seis meses depois, posso dizer que estou ainda mais convencido do que quando assinei o contrato”, garantiu.
Crescimento mais rápido do que o esperado
Ainda em fase de adaptação na nova casa e ciente dos desafios, Sainz revelou que se surpreendeu positivamente com os primeiros sinais de evolução da Williams nesta temporada. A equipe ocupa no momento a quinta posição no Mundial de Construtores com 54 pontos.
“O passo à frente que vimos veio mais cedo do que eu esperava, e talvez até a própria equipe tenha se surpreendido com o quanto conseguiu crescer do ano passado até agora”, revelou. “Gosto de poder dar minha contribuição para encontrar o caminho a seguir e, junto com Alex [Albon], acho que estamos fazendo um bom trabalho para encontrar a direção certa.”
Apesar da visão otimista, o experiente piloto é realista quanto ao prazo para que a Williams volte a disputar vitórias. “Acho que não estaremos prontos no próximo ano. Minha experiência na Ferrari também me ajudou a entender que uma coisa é estar no grupo da frente, outra coisa é ser capaz de vencer as equipes de ponta”, ponderou o espanhol.






