Convocado pela primeira vez, o zagueiro Murillo passa por um período de descobertas na Seleção Brasileira, onde tudo é novo. Em dois anos, o jogador de 22 anos saiu do Corinthians, clube que o revelou, se transferiu para a sua atual equipe, o inglês Nottingham Forest, e chegou à Amarelinha. Embora as mudanças tenham acontecido muito rápido em sua carreira, ele diz que o peso é maior de estar na Seleção.
“Quando a coisa é boa, a gente se acostuma e se adapta muito rápido. Acho que o futebol é assim, quanto mais você estiver focado no que tem que fazer, as coisas dão certo. Acho que no Corinthians foi isso, foi uma situação que oportunidade consegui aproveitar, no Nottingham a mesma coisa. Mas a gente sabe que a Seleção é diferente, tem um peso maior, a disputa é maior também”, afirmou em entrevista coletiva.
Novato em um grupo repleto de atletas experientes, o paulistano disputa vaga com Marquinhos, Gabriel Magalhães e Léo Ortiz, trio que esteve presente em períodos passados. Diante da qualidade destes companheiros e de outros convocados anteriormente, Murillo só tem elogios a dizer sobre o nível dos zagueiros brasileiros e disse que sempre teve paciência para receber uma chance.
“O Brasil defensivamente possui grandes jogadores. Sempre fui muito paciente e resiliente e sabia que, quando eu tivesse uma oportunidade, eu teria que aproveitar o máximo para continuar dando sequência no trabalho. A oportunidade chegou, fico muito feliz, agradeço ao Dorival e a todo o staff, porque eu sei que é um trabalho conjunto. Agora que eu estou aqui, é demonstrar meu trabalho para, se Deus permitir, voltar mais vezes”, comentou Murillo.
Determinado a construir sua história na Seleção, Murillo se inspira em Thiago Silva, capitão do Brasil em três Copas do Mundo. Antes um ídolo distante, o jovem zagueiro se aproximou do hoje veterano de 40 anos do Fluminense durante a temporada passada, quando ambos jogavam juntos na Inglaterra – Murillo, no Nottingham, e Thiago, no Chelsea. O contato lhe rendeu o parabéns do experiente defensor pela convocação.
“O Thiago Silva é um zagueiro que sempre acompanhei, ano passado pude jogar contra ele, que me disse que eu podia estar preparado, porque minha hora ia chegar na Seleção”, frisou. “Para mim, é o meu ídolo, um dos maiores zagueiros do mundo. Ele me deu esse apoio e fiquei muito mais feliz pelo carinho, por ele enxergar isso.”
Murillo tem a chance de estrear já no próximo jogo, contra a Venezuela, nesta quinta-feira (14), em Maturín, às 18h. Caso não entre em campo, terá nova chance diante do Uruguai, na próxima terça-feira (19), às 21h45, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Seu objetivo, acima de tudo, é ajudar a Seleção a fechar 2024 com duas vitórias. Comentou também a importância para torcida para os resultados.
“O Brasil tem que voltar a ter intimidade com a Seleção. Nós, jogadores, também temos consciência disso, e pode ter certeza de que está mudando muita coisa. Dos últimos jogos para cá, vem mudando muita coisa, o Brasil vem dando muito resultado. Nos últimos dois jogos, foram duas vitórias. E espero duas vitórias novamente. A gente está trabalhando muito para isso e o torcedor pode esperar um Brasil diferente nesses dois jogos”, finalizou.
*Com Confederação Brasileira de Futebol