A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) denunciou o Atlético-MG e solicitou em Medida Inominada a interdição da Arena MRV e a realização dos jogos do Galo em outro estádio com os portões fechados até o julgamento da denúncia ou até a comprovação de medidas necessárias e suficientes para manutenção da segurança no estádio.
A denúncia foi liberada na segunda-feira, 11, um dia após os episódios de desordem e violência na final da Copa do Brasil. A Medida foi encaminhada para análise e despacho do presidente do STJD do Futebol, Luís Otávio Veríssimo.
O texto destaca “gravíssimos e lastimáveis atos de violência e a incapacidade do Atlético em manter a ordem e a segurança na praça desportiva”. A Procuradoria ofereceu denúncia contra a equipe mandante pelo arremesso de quatro bombas que explodiram próximo aos jogadores (aos nove minutos, aos 49 minutos, aos 50 minutos e a última aos 52 minutos, todas lançadas da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante), pelo arremesso de objetos no campo, invasão após o gol e tentativa de invasão ao final da partida.
Uma das bombas foi lançada após o gol do Flamengo e caiu no campo muito próximo do jogador Gonzalo Plata. Outra arremessada na direção do goleiro Rossi. Uma outra bomba atingiu o repórter fotográfico Nuremberg Maria José, que teve dedos quebrados, tendões rompidos e a necessidade de cirurgia.
Imagens e súmula ainda mostram o arremesso de vários objetos no campo em diversos momentos, que resultou na paralisação da partida por sete minutos. Outro episódio narrado foi o apontamento de laser nos olhos do goleiro Rossi em dois momentos distintos da partida.