O clima quente nos bastidores da Red Bull tem gerado cada vez mais dúvidas sobre a supremacia da equipe na Fórmula 1. O time austríaco está envolvido em uma disputa de poder desde o falecimento do antigo proprietário Dietrich Mateschitz e atualmente parece dividido entre o chefe de equipe, Christian Horner, que tem apoio da parte tailandesa dona de parte do negócio, e o grupo austríaco liderado por Helmut Marko e pelo CEO Oliver Mintzlaff.
A situação piorou ainda mais nesta temporada com os desdobramentos do caso Horner, acusado de comportamento inapropriado por uma funcionária da Red Bull. Pai de Max Verstappen, Jos Verstappen pediu a saída do chefe da equipe, alertou para um possível racha interno e até o futuro do piloto tricampeão mundial no time foi colocado em xeque.
O impacto dos problemas ainda não chegou às pistas, já que a Red Bull lidera tanto o Mundial de Pilotos quanto o de Construtores na atual temporada da F1. No entanto, na visão de Zak Brown, a instabilidade interna pode atrapalhar o desempenho do time nos próximos anos.
“Acho que a turbulência terá um impacto maior a médio e longo prazo”, disse o CEO da McLaren. “Este carro foi feito no ano passado, o que eles estão correndo agora foi feito quando tudo estava bem. Em 2026, quando você tem um novo motor chegando, é aí que você potencialmente verá a falta de estabilidade que parece estar lá, talvez aparecendo um pouco.”
“Vencer mantém as coisas unidas e, à medida que isso se torna um desafio maior para eles, é aí que você pode ver mais algumas fraturas em vários relacionamentos dentro daquela estrutura”, continuou.
A McLaren está de olho nessa instabilidade no time rival e já tem dado trabalho a Verstappen na atual temporada. A expectativa para 2025, último ano do atual regulamento, é de ainda mais equilíbrio na parte de cima do pelotão.
“Acho que o ano que vem pode ser uma temporada épica, certo? Você pode ter quatro times lutando pelo campeonato”, disse Brown. “Seria ingênuo descartar alguém que não esteja entre os quatro primeiros no momento, porque vemos o quão rápido as coisas podem mudar.”
“Todos têm uma tecnologia muito parecida, então não há razão para que outros não possam fazer o que fizemos no ano passado”, finalizou.