Um pé salvador de Rossi livrou o Maracanã de assistir a mais uma “flamengada” nesta quarta-feira. Por muito pouco, o Deportivo Táchira não apronta uma zebraça que tiraria o Rubro-Negro das oitavas de final da Libertadores, eliminação que lembraria outras históricas do time dentro da própria casa.
O placar até aquele momento já tinha ares de inacreditável. Contra um time misto da Venezuela, que conseguiu a façanha de não fazer nenhum ponto na fase de grupos, o Flamengo vencia apenas por 1 a 0 graças a um gol de Léo Pereira já no segundo tempo. Se a bola de Lucas Cano entrasse em vez de bater no pé do excelente goleiro rubro-negro, hoje o caos estaria instalado no Ninho do Urubu.
Filipe Luis juntou um punhado de justificativas para explicar o tenebroso jogo que o Flamengo fez no Maracanã, que quase custou a vaga. Mas o único razoável entre todos é o cansaço. O time enfrenta uma maratona e no fim de semana venceu um duelo duríssimo contra o Palmeiras no gramado sintético do Allianz Parque. Aliás, nem parecia ser o mesmo time o de domingo e o desta quarta.
Talvez pelo desgaste, o time tenha sido incapaz até de manter uma marcação forte por mais tempo na saída de jogo da equipe venezuelana, apesar de que, mesmo sem ela, o Táchira várias vezes entregou a bola nos pés dos jogadores rubro-negros.
Filipe Luis falou também das dificuldades de se enfrentar um time que se fecha em seu campo de defesa, citou o City de Guardiola derrotado pelo Crystal Palace recentemente. Ora… o sucesso desta estratégia defensiva é muito mais exceção do que regra. Normalmente, times muito fracos entrincheirados resistem até certo ponto. Nesta quarta, o Táchira não só resistiu muito como teve chances de fazer seu gol e
acabar com a festa.
A única boa notícia para o Fla saída da noite de quarta-feira foi a classificação. O futebol jogado e o pavor até o final devem ser levados para análise da comissão técnica.
Foco nas oitavas da Libertadores, mas o futebol do Campeonato Brasileiro precisa aparecer também na competição continental.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.






