Guilherme Costa, o Cachorrão, não conseguiu completar a maratona aquática de 10km dos Jogos de Paris-2024, nesta sexta-feira, 9. Especialista nas provas de fundo na piscina, o brasileiro conseguiu uma vaga na prova por uma determinação extraordinária do Comitê Olímpico Internacional (COI) e resolveu competir para não deixar o Brasil sem representante, apesar de ter admitido que não treinou especificamente para a modalidade. A nova regra permitiu que atletas que alcançassem o índice para os 800m pudessem disputar a maratona desde que o país não tivesse competidores na prova.
Cachorrão abandonou a prova na quarta de seis voltas, após 7,6km aproximadamente. Ele estava na 22ª posição, mais de três minutos atrás dos líderes e contou que resolveu deixar a competição por ver que estava muito longe do pelotão da frente.
“Acho que a principal (dificuldade) foi a correnteza, estava bem grande na volta. Quando perdi o pelotão, ficou bem difícil de nadar, é uma prova nova para mim, o Brasil não tinha ninguém classificado para nadar a maratona, então como eu tinha o índice da piscina nos 800m, eu podia nadar, então quis nadar já que não teria ninguém no Brasil. Mas foi uma prova que a gente não treinou, a gente focou no 400m livre, na piscina”, disse Guilherme ao SporTV.
Para amenizar o efeito da correnteza, Cachorrão tentou nadar muito próximo da parede do Rio Sena, o que acabou causando alguns arranhões no braço. Sobre a qualidade da água, que vem sendo motivo de debate, o brasileiro afirmou que não sentiu nada diferente.
“Como a maratona era depois, não ia atrapalhar em nada nadar, tentei arriscar, ficar o máximo possível no pelotão. Acabei perdendo, e saí porque vi que não ia dar para chegar. Senti normal durante a prova, não vi nada de diferente, mais a correnteza mesmo, cheiro e qualidade da água achei tudo normal. Vamos ver depois, mas pelo menos por hoje achei tudo normal”, comentou o nadador.