Havia uma grande expectativa pela estreia de Luis Zubeldía no comando do São Paulo contra o Barcelona de Guayaquil pela Libertadores. Vai utilizar o esquema que havia dado certo no jogo contra o Atlético-GO pelo Brasileiro, com três zagueiros? Com apenas um dia de treino, era o que se imaginava como mais prudente e natural.
Quando a escalação foi divulgada, arrepiou a espinha de muita gente: o tal do 4-2-4 que ajudou a derrubar Thiago Carpini do cargo.
Mas em campo, o São Paulo teve amplo domínio mesmo jogando fora de casa. Com Andre Silva de um lado, Ferreirinha de outro, Calleri pelo centro e Luciano atrás do centroavante, o time funcionou perfeitamente. Foi pouco agredido, teve amplo controle da posse de bola (chegou a ter mais de 80% de posse) e ainda fez um gol em uma jogada que passou por todo o trio de ataque.
No segundo tempo foi um pouco pressionado, mas contou com duas defesas salvadoras de Rafael. Em seguida, fez o segundo gol com Alisson, um dos melhores em campo.
A pergunta intrigante é: como um sistema muito parecido com esse não funcionou com Carpini e funcionou com Zubeldia. Uma organização melhor, uma devoção dos atacantes à marcação e um adversário que não conseguia fazer pressão explicam.
O são-paulino terminou entusiasmado com as perspectivas. Mas segunda-feira há um teste bem mais complicado. O poderoso Palmeiras no Morumbis. Veremos o que Zubeldía tem a oferecer.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Bandsports.