No dia 30 de novembro o Botafogo levantou o troféu da Libertadores, algo inimaginável para o mais otimista dos torcedores há cinco anos. Em 8 de dezembro, campeão de novo, desta vez do Brasileiro. Outra façanha inimaginável para o clube há poucos anos.
Hoje estamos vivendo acontecimentos inimagináveis há um mês. O Botafogo não tem treinador, dois dos seus principais jogadores já foram embora (Almada e Luiz Henrique) e os atletas que estão no clube ameaçam não se reapresentar na semana que vem por falta de pagamento das premiações pelas conquistas.
O clube se defendeu dizendo que figuras que já saíram do clube estão inflamando o ambiente e que teriam pedido 25% a mais do que foi acordado. Ainda não se sabe quem tem razão nesta história.
O Botafogo terá razão caso não queira pagar 25% a mais não acordados anteriormente. Mas estará muito errado se não pagou as premiações devidas.
O que chama a atenção nesta história é como um clube que terminou o ano da forma gloriosa como terminou o Botafogo entra no ano seguinte como se os tempos sombrios que nenhum torcedor tem saudade tivessem voltado.
Ninguém ainda sabe direito como serão os clubes comandados por SAFs no médio prazo. Mês passado, a onda de “vira SAF!” estava alta. Era desejo do torcedor de qualquer clube em qualquer dificuldade, como se a transformação em sociedade anônima resolvesse tudo, como deu a impressão o sucesso do Botafogo.
Um mês depois, a certeza de sucesso virou uma grande dúvida. A ver os próximos passos do Botafogo para entender se as conquistas de 2024 foram uma empreitada efêmera muito certeira ou se o modelo tem fôlego para seguir vencedor.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.