O GP de Abu Dhabi foi uma montanha-russa emocional para Lewis Hamilton. Ao cruzar a linha de chegada da última corrida do ano, o britânico viu se encerrar também a sua parceria com a Mercedes, a mais bem-sucedida da Fórmula 1.
Contido durante todo o fim de semana, Hamilton deixou a emoção falar mais alto depois de receber a bandeira quadriculada, e declarou seu amor à equipe alemã pelo rádio e chorou ainda dentro do cockpit, deu zerinho na pista e reverenciou o carro da Mercedes ao se abaixar ao lado do W15 como quem estivesse se despedindo.
Após a corrida, o piloto falou sobre o que estava sentindo. “É, é uma loucura porque é como se eu estivesse me aposentando. Eu fico tipo ‘ainda estou aqui'”, falou Lewis.
“Droga… Os dias de aposentadoria serão os piores. Vai ser ruim. Vou ficar por aqui por mais um tempo”, acrescentou o heptacampeão.
Hamilton ainda falou sobre o que sentiu quando se deu conta que ouvira pela última vez um comando específico de seu engenheiro de longa data Peter Bonnington, o Bono.
“Quando ele disse que era ‘hammertime’, eu percebi na hora e pensei ‘essa é a última vez que vou ouvir isso’. Realmente a ficha caiu para mim naquele momento”, contou Hamilton, se referindo ao momento em que Bono dava a fabulosa instrução e o liberava para o ataque durante as corridas, o que normalmente rendia manobras e vitórias inesquecíveis.
O fim da parceria com a Mercedes representou também o fim de uma era recheada por momentos marcantes e recordes absurdos. Os números de Hamilton com a equipe alemã são assombrosos. Dos sete títulos conquistados por Lewis, seis foram com o time de Brackley, além de 84 vitórias, 78 poles e 153 pódios em 246 GPs.
Agora o heptacampeão parte para um novo desafio e vai pilotar pela Ferrari a partir da próxima temporada, que será acompanhada de perto pelo BandSports.